MASSACRE EM SUZANO: POLÍCIA OUVE 3º SUSPEITO E PROCURA O 4º

Escola vira memorial (foto: EBC)

A Polícia Militar, que investiga o atentado à Escola Raul Brasil, em Suzano, ouviu um terceiro idealizador do crime, nesta sexta-feira, 15. Também de 17 anos de idade, o jovem envolvido falou com o delegado responsável pela investigação. O garoto foi ouvido por cerca de 2h e foi liberado.

Segundo o portal G1, o adolescente reiterou seu apoio aos atiradores, dizendo que o que eles cometeram foi o correto. Por esta e outras falas do menor, a justiça resolveu intimá-lo a depor novamente neste sábado, 16. Agora, o foco é procurar um quarto envolvido: o traficante que vendeu a arma à Guilherme Taucci Monteiro, que é considerado como o líder do atentado.

GOVERNO VAI INDENIZAR FAMÍLIAS:


João Dória Jr-PSDB, governador de São Paulo (foto: governo estadual)

O governador de São Paulo, João Dória Jr-PSDB, disse que o governo estadual irá indenizar as famílias dos mortos no massacre em R$100 mil. Em troca, os parentes terão de descartar a possibilidade de processar o estado.

Dória tomou tal decisão em função da Escola Raul Brasil ser de responsabilidade pública. Para que os familiares tenham acesso a quantia, será necessário o auxílio de um advogado que represente cada família.

A DESPEDIDA DAS VÍTIMAS:

Foram velados e enterrados os corpos dos alunos mortos no massacre da Escola Raul Brasil. O velório ocorreu no ginásio da cidade. A cerimônia conjunta iniciou por volta das 07h. Por volta das 16h, houve um cortejo até o cemitério onde seriam enterrados.

Os corpos dos alunos foram sepultados no início da noite. O dono da locadora, João Antônio de Moraes, foi enterrado durante a tarde.

O ATAQUE:

Um tiroteio na escola Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, foi registrada na manhã desta quarta-feira, 13. Dois adolescentes fantasiados de caveiras entraram na escola já atirando. 10 pessoas, 5 estudantes, duas funcionárias e um dono de uma locadora, que fica nas proximidades, estão mortas, além dos atiradores que se mataram.

Polícia chegou logo que iniciou o tiroteio (Foto: G1)

O governador, João Dória Jr-PSDB, disse que o estado está em choque. Em seguida, decretou três dias de luto. Possíveis artefatos explosivos foram encontrados, mas estes eram apenas bombas em formação, sem risco de explosão. 23 pessoas foram socorridas e 11 foram feridas dentro da escola.

Antes de tudo, os assassinos foram até uma locadora e mataram João Antônio de Moraes, dono da empresa de venda e lava carros e tio de Guilherme Monteiro, um dos atiradores. Tal motivação do homicídio ainda é desconhecida. A Polícia foi até a casa de ambos que são vizinhos e moram a 1,3km da escola. Na casa de Guilherme, que morava com a avó, falecida no final de 2018, foram encontrados alvos de revólveres e arco e flechas.

Armas usadas no massacre (Foto: G1)

As armas usadas no crime foram machadinhas, um revólver calibre 38, arco e flecha (ou besta, como é chamada) e coquetéis molotov. Segundo as autoridades, os criminosos estariam dispostos a matarem mais gente, mas se acorvadaram ao se depararem com a presença dos PMs e Guilherme acabou matando com um tiro na cabeça, o companheiro de ataque, Luiz Henrique Castro, e logo em seguida, se matou.

As investigações agora devem se direcionar para descobrir o que motivaram os criminosos a cometerem o massacre. Guilherme Taucci Monteiro, tinha 17 anos e faria 18 em julho. Luiz Henrique de Castro tinha 25 anos e completaria 26 agora no dia 16.

Em entrevista à TV Record, um amigo de Guilherme, que não quis se identificar, disse que o jovem de 17 anos estava há um certo tempo planejando um ataque inspirado em massacres como os de Columbine, nos Estados Unidos, em abril de 1999. Ainda na entrevista, disse que ao saber do atentado em Suzano, chamou Guilherme nas redes sociais, mas ele não respondia. A confirmação de que o amigo estava morto e envolvido no ataque foi durante a tarde pela TV.

Guilherme Taucci Monteiro, momentos antes do ataque (foto: redes sociais)

Esse entrevistado disse que Guilherme e Luiz frequentavam lan-houses para jogar os mais violentos jogos de armas e tiros, chegando a jogarem por cerca de 3h seguidas. A polícia acredita que tais jogos afomentaram o desejo de cometer o crime.

CENAS DE AGONIA:


Vídeo mostra ataque dentro da escola (imagens: Secretaria de Educação de São Paulo)


Cenas fortes mostram corpos dentro da escola logo após o atentado (Imagens: espectadores)

Os atiradores entraram pela porta da frente da Escola pública Raul Brasil, no centro de Suzano, na Grande São Paulo, por volta das 09:45h desta quarta-feira, 13. Bem tranquilos, os criminosos entraram na instituição atirando para quem quer que seja.

Um dos atiradores morto (Foto: G1) 

Um dos atiradores morto (Foto: G1)

Estudantes começaram a correr para fora da escola. Por dentro da instituição, jovens encontravam corpos e entravam em estado de choque. Uma das vítimas foi atingida por uma machadinha que acabou ficando cravada em seu braço. O jovem foi até o Hospital Santa Maria, que fica próximo ao local, e foi socorrido imediatamente. A namorada dele fugiu por outra rota, segundo a mãe, em entrevista ao SBT.


Familiares desesperados chegando até a escola em busca de notícias das vítimas (Imagens: Ponto Direto)

REPERCUSSÃO:

O mundo repercute o atentado à Escola Raul Brasil. O Jornal Lê Figaro, da França, comparou o episódio desta quarta com o que aconteceu em 7 de abril de 2011, em Realengo, no Rio de Janeiro. A BBC de Londres destacou as armas usadas no crime. Nos Estados Unidos, a NBC fez uma comparação com o episódio de Suzano com o massacre de abril de 1999.

Entre integrantes do governo, os presidentes do poder legislativo se disseram consternados com a tragédia. O vice-presidente, Hamilton Mourão, lamentou o atentado. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Tóffolli, iniciou a seção da tarde da corte lamentando o ataque.

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